E a noite, luz do indito,
prenhe de silêncios que ainda serão. Tal sonhos e os porquês que nos assombram.
Sempre.
E a noite?!
A miragem do eterno. Vontade incandescente que se desmancha em finitude. Para calar a fraude do viver!
Ilusão fecunda.
Ah!
Deixar-se. Como querer abandonar?
E tudo que escorre. Flui.
Até.
Encontro do nada com a delícia do não.
O limite.
Idéia que vaga na medonha fragilidade deste enorme não.
A morte.
Sempre.
Como o vento e a areia caligrafando o mundo: consistência efêmera dos segundos. E o abraço perene que não virá. Como queríamos. O desejo terno do eterno retorno.
Falso lastro, miragem-garantia.
Significar o aí:
Deixar rastro.
Como nos cai bem a eternidade!
E o mar, espelho tingido de céu, desenhado em manchas.
Como que só estas soubessem o sentido.
Deusas.
E tudo que perdura, troca, infinitiza.
Por entre sutilezas dos signos que se acariciam.
Permutando sensos, engenhando sonhos.
E tão somente ali nos é dado a viver:
Na sina de Hermes.
Mentira do desocultar.
Como que de sempre em sempre haveria profundidade.
(Nome aos bois: tal vacuum, o ontos!)
E a memória insana de querer petrificar.
Adular o tempo com o perpétuo: quando o eterno é ausência daquilo que nos foge!
E, talvez, só na beira do abismo haveremos de compreender que não há mistério, senão superfície:
O outro nome de um jogo de espelhos.
Cabedelo /09/08
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