A semana de Maria
Aconchegou-se em lençóis como quem mergulha num sonho para depois flutuar entre pernas e gemidos.
Na Terça, o quarto, na quarta quase o terço: a esperança inútil trapaceando o inevitável.
Na Quinta-feira Maria ainda era cheiro, era caju. Lembrança suave feito o sol pálido por entre folhas, por entre cores e brisas multitonais, outonais, alumbrando seus olhos para camuflar o coração. Na Sexta, Maria era paixão, saudade de chuva adentrando terra árida, como pele querendo pele. E nem se disse nada do Sábado, velado em silêncio como que luto ou já pura desolação.
Lembrou-se da lágrima escorrida a muito e o seu caminhar só, seus passos dialogando com ecos em ruas desertas de muito frio. E de outros tempos e outros lugares, mosaico descompassado na memória untado por uma dor desde sempre como que esta tivesse vindo ao mundo muito antes da eternidade. E soube que ela nunca seria Domingo, mesmo preguiça e malemolência, para jamais despertar segunda-feira.
Aconchegou-se em lençóis como quem mergulha num sonho para depois flutuar entre pernas e gemidos.
Na Terça, o quarto, na quarta quase o terço: a esperança inútil trapaceando o inevitável.
Na Quinta-feira Maria ainda era cheiro, era caju. Lembrança suave feito o sol pálido por entre folhas, por entre cores e brisas multitonais, outonais, alumbrando seus olhos para camuflar o coração. Na Sexta, Maria era paixão, saudade de chuva adentrando terra árida, como pele querendo pele. E nem se disse nada do Sábado, velado em silêncio como que luto ou já pura desolação.
Lembrou-se da lágrima escorrida a muito e o seu caminhar só, seus passos dialogando com ecos em ruas desertas de muito frio. E de outros tempos e outros lugares, mosaico descompassado na memória untado por uma dor desde sempre como que esta tivesse vindo ao mundo muito antes da eternidade. E soube que ela nunca seria Domingo, mesmo preguiça e malemolência, para jamais despertar segunda-feira.
bubi alles
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