quarta-feira, outubro 25, 2006
O HOME QUE FUMAVA O CÉU
Salomão Bonaparte sofreu a vida inteira por causa de seu nome. Afora isto tinha um tablado numa esquina da rua do Ouvidor onde vendia palheiros pelos idos de 1970. Também pregava uma seita da qual ninguém duvidava: ninguém cria. Isto me parece uma boa dúvida, tenho certeza: a dúvida pertence a razão ou a crença? Cautela leitor: cada perspectiva acarreta muitos desdobramentos. Se a dúvida pertence a razão, por que cremos em coisas que duvidamos? O modo contrário também é válido. Ou você duvida?
A religião de Bonaparte consistia em aproximar-se de deus fumando o céu, por isto vendia os palheiros de nome Nas nuvens. Não há dúvida que, há muito tempo, a igreja fez uma coisa parecida, no entanto, continuaram acreditando nela. Donde me apresso em concluir que o que importa não é o engano, mas a forma do. Disto não tenho mais dúvida. Sebastião cumpre pena até hoje, a igreja não.
trecho do conto: O homem que não existia- bubi alles
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2 comentários:
Demorou, mas quando voltou...rs
É verdade, mas vc sabe que eu acho que a Igreja acaba por, aos poucos, pagar...rs
Beijo, fil!
Nda.
" Vc sabe, que te adoro "
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