domingo, dezembro 14, 2008

De alguma maneira, talvez, cheguei a mediocridade. De tanto experimentar penso que formulei a receita: de um lado o pharmakon, de outro, o kistch. Aquilo que cura também pode matar: na vida a dose é tudo! Vide o oxigênio.
A receita é isto! Além do que, permanecer e incrementar aquela topografia taxio dérmica (?) ou taxio-lógica da existência, é desviceral. O kitsch tem esta (anti) força: o lugar comum, emoldurado por uma pretensa felicidade, aconchega! O mundo entorpece, incluso, pelo bem estar.
A arte da ilusão reside aí: o (sem) sexo dos anjos simula a não contradição. A miragem da unificação resulta no anular da dupla função da ironia: a primeira é rir do destino, coisa para quem sabe torear (bem) com a existência. A outra função, eu não conto! Afinal, é o fim do agonísmo! E este é o lugar dos covardes!
Mediocridade, no meu caso, é prudência! Não a graça (virtude cristã) da "contenção", mas a virtude do possível: mediação entre forças opostas! Quem já sabia disto era Heráclito, depois tio Aristóteles tomou gosto! Maquiavel tentou resgatar a Virtú! Pena que los cristianos trocaram os sentidos e a normatizaram como mediocridade! Ou mais ou menos isto. A dita se tornou cautela ou já quase medo: lugar mais que improvável da aventura humana.
Para alguns a Hybris é desmesura, para outros a mais completa embriaguês. Quando não o próprio êxtase. O mundo moderno é isto: trocou o “transbordamento” extasiático pela mensuração. A modernidade fabricou o exílio do Eros.
Pensar a prudência, de qualquer forma, é buscar aquilo que não temos: a certeza. Mesmo que esta e, talvez, por isto mesmo, implique em ponderação. Se explicar é preciso vai a dica: o ethos, entre outros sentidos, é o caminho que escolhemos! A decisão não mora ao lado. A decisão é a moradia. Decidir é nos construir. Surfar na incerteza é certo a única concretude!
Tentando pensar tudo isto muito bem cheguei a conclusão da superfície: na fina camada entre a estratosfera divina e as profundezas de Hades é que reside a visibilidade do real. O resto é hipótese ou suposição. E não custa alertar o caro leitor de que quem abraça uma, rejeita a outra.
Enquanto isto meu espírito cínico uiva, talvez, dopado de modernidade...

2 comentários:

Anônimo disse...

Fala, Pedro. Mandei o recado para minha mãe. Ficou feliz em saber. Gosto muito desses ensaios aqui. Maior inspiração (e trans-piração). Abraço. Renato.

Anônimo disse...

NACI NO CIRCO VIVO NO CIRCO,MEU TRABALHO E A ALEGRIA QUE A TENHO PARA DAR E VENDER.APRENDIR COM:BILIRO,MALUQUINHO,CASCUDINHO E ETC.MEUS PAIS JA PASSARÂO POR VARIOS CIRCOS COMO:BETO CARRERO,GARCIA E ETC. E HOJE ESTOU AQUI GABRIEL O PALHASO PINOQUIO.