domingo, setembro 05, 2010

COMBATEREMOS A SOMBRA



Nunca fui simpático a idéia das dialéticas tríades, aquelas que se atribuem síntese. O rolo compressor da história, a lógica da transformação, para os seus adeptos, se daria por este caminho. As dialéticas desta espécie operam com o fator de “correção” e anulam as diferenças. Favorecendo, deste modo, o simulacro de/da identidade. A dialética tríade aliada a sociologia positivista produziu, em nome da “eficiência” revolucionária, os grandes horrores da razão. Seja qual for o viés ideológico. Ou Alguém acha que Hitler não se achava um totem vanguardista da deutch revolution e seu totalitarismo de olhos azuis?
Por “outro lado” NADA me diz que a categoria da mais valia tenha virado varelo histórico. A mais valia é o “instrumental” de submissão. Quem está submetido a algo, está alienado a este algo! E quem está alienado a este algo não decide, logo, não é livre! Decisão é liberdade. Ou como dizia Epicteto, sem trocadilho, gerar o pré juízo: a proháiresis. Decidir ,pois, (até) como queremos ser felizes é a grande ”meta” de cada sujeito.
Muito aquém do jardim a mais valia se embrenhou*, também, num tipo de racionalidade. Aquela mesma que Marcuse nos fala! De modo que esta, ora veja, se tornou instrumento de uma ficção: o desaparecimento da contradição!
O mundo do livre consumo é a “solução”. Em outras topografias também se usou este termo. Uma “solução” que massacra a condição dita humana na exclusão, na sua temporalidade e na sua criatividade. Consumir e embotar!
Ou algo assim!
Enquanto o maior que nós, o Estado, não for diluído todo e qualquer tipo de governo será sempre um modo de decidir a quem se faz sombra - alguns muitos são excluídos - ou para quem se faz a sombra: eis a questão!

*Questão de estilo





Um comentário:

Nanda disse...

Caraca, adorei!!!
Eu tou numa fase suuuuper'mulherzinha'... me deixa com meus make up, looks... tou pecisando muito disso, mas nao deixo a essência... essa tá aqui... e esse texto me fez 'respirar'!
Beijoooooo.